Último episódio de “Chespirito” reacende polêmica com Florinda Meza e gera críticas ao retrato de Bolaños

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A série Chespirito: Sem Querer Querendo, produzida pela HBO Max, chega ao fim nesta quinta-feira (24), encerrando sua primeira temporada em meio a críticas e polêmicas envolvendo o retrato de personagens reais e a forma como a vida de Roberto Gómez Bolaños foi dramatizada. O projeto, que propõe explorar os bastidores da carreira do criador de Chaves e Chapolin, vem enfrentando resistência especialmente de Florinda Meza, viúva do comediante e intérprete da icônica Dona Florinda.

Desde o lançamento das primeiras imagens promocionais, Meza tem se posicionado contra a forma como sua figura foi retratada na obra. Na série, ela aparece com o nome fictício de Margarita Ruíz, interpretada pela atriz Bárbara López. Carlos Villagrán, o Quico, também teve sua identidade alterada — transformado em Marcos Barragán, vivido por Juan Lecanda. Ambos, os únicos do elenco original ainda vivos, não participaram da produção.

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A atriz afirma que a série distorce os fatos e desrespeita sua memória e a de Bolaños, com quem manteve um relacionamento por mais de três décadas. Segundo Meza, a produção sugere que o casal iniciou o romance antes mesmo do término oficial do casamento de Bolaños com Graciela Fernández, o que ela nega. “Isso causaria grande dor ao Roberto”, declarou, acusando os criadores da série de manipular entrevistas antigas e descontextualizar declarações para sustentar certas narrativas.

Em comunicado recente, Meza reforçou que, embora não tenha movido ação judicial, está avaliando medidas legais diante do uso de sua imagem e da maneira como foi representada. “Meu nome, minha imagem e minha vida são meus. Quando eu tiver algo a relatar, todos saberão por mim”, disse.

Além das controvérsias pessoais, a série também apresenta os desafios enfrentados por Bolaños no início de sua carreira, incluindo dificuldades financeiras, conflitos familiares e a busca por reconhecimento na televisão mexicana. Ao mostrar os bastidores da criação de personagens que marcaram gerações, a produção oferece uma visão mais íntima — e por vezes desconfortável — do artista por trás de um dos maiores fenômenos da comédia latino-americana.

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Apesar da recepção dividida, Chespirito gerou debates relevantes sobre os limites da ficção biográfica, os direitos à memória e o respeito à trajetória de figuras públicas cujos legados permanecem vivos no imaginário popular.

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