Conhecido por uma carreira brilhante que inclui colaborações com grandes diretores e uma indicação ao Oscar, o ator Jack Nicholson já era um dos queridinhos de Hollywood na década de 1970. Entretanto, em 1974, enquanto se preparava para o lançamento de Chinatown, sua vida passou por uma reviravolta digna de roteiro de cinema: Jack descobriu que sua mãe, na verdade, era sua irmã mais velha.
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Tudo começou quando a Time decidiu homenagear o ator com uma extensa matéria de capa. Na apuração para a biografia, os repórteres investigaram o passado familiar de Jack, inicialmente visto como comum: o pai, John, era limpador de vidros; a mãe, Ethel May, trabalhava como cabeleireira e pintora amadora; e a irmã mais velha, June, tinha sido dançarina antes de falecer em 1963.
A reviravolta
Contudo, uma nova história emergiu durante as entrevistas com antigos vizinhos e parentes. June, a suposta irmã mais velha de Jack, havia engravidado aos 17 anos, solteira e sem saber quem era o pai do bebê. Diante disso, os pais de June, Ethel May e John, decidiram criar o menino como se fosse filho deles. Jack cresceu acreditando que June era sua irmã e Ethel May, sua mãe.
A revelação trouxe à tona questionamentos sobre a identidade do pai biológico de Jack. Duas figuras despontaram como possíveis candidatos: Eddie King, ator e dançarino que trabalhou com June, e Don Furcillo-Rose, cantor e ex-namorado da jovem. Don chegou a reivindicar publicamente a paternidade, mas Jack recusou-se a fazer um teste de DNA. Don morreu em 1998, e sua filha, Donna Rose, continuou a busca por respostas até sua morte em 2005.
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Apesar da magnitude da revelação, Jack encarou a situação com notável resiliência. “Foi dramático, mas não o que eu chamaria de traumático”, declarou anos depois. Para ele, a descoberta esclareceu aspectos de sua história que antes não faziam sentido. “Se senti alguma coisa, foi, sobretudo, agradecimento.”