Em meio ao caos da Segunda Guerra Mundial, Desmond Doss chamou atenção por um motivo inesperado. Embora muitos soldados carregassem armas pesadas, ele entrou no campo de batalha apenas com sua fé e o desejo inabalável de proteger vidas. Além disso, sua postura rapidamente surpreendeu colegas e superiores, que não entendiam como alguém poderia ir à guerra sem disparar um tiro.
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Devoto cristão, Doss seguia o mandamento “Não matarás” e, conforme afirmava, não pretendia desrespeitá-lo. Ainda assim, acreditava que deveria servir ao seu país, sobretudo porque sentia que podia ajudar de outra maneira. Enquanto os outros empunhavam rifles, ele levava consigo coragem, compaixão e uma vontade firme de fazer a diferença.
Entretanto, sua postura gerou conflitos. Muitos companheiros o insultavam e o agrediam, já que o acusavam de covardia por se recusar a matar. Apesar disso, Doss mantinha-se firme em seu propósito e repetia sua própria convicção: “Vim para salvar vidas, não para tirá-las.” Nesse sentido, sua determinação cresceu à medida que percebia o quanto poderia contribuir.
O ponto decisivo ocorreu em 1945, durante a intensa Batalha de Okinawa. Sob fogo inimigo e correndo risco constante, Doss resgatou 75 soldados feridos, um a um. Além disso, a cada retorno ao campo, repetia baixinho uma prece: “Senhor, ajuda-me a salvar só mais um.” Assim, seu ato de coragem transformou-se rapidamente em uma das histórias mais emblemáticas do conflito.
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Como resultado, Doss tornou-se símbolo de humanidade em um período marcado pela brutalidade. Ele também entrou para a história como o primeiro objetor de consciência a receber a Medalha de Honra nos Estados Unidos. Enfim, sua trajetória inspiradora ganhou destaque mundial com o filme “Até o Último Homem” (2016), que reforça a mensagem central de sua vida: a bravura pode estar nas mãos que curam, não nas que disparam.
