A história de Asiye Kaytan, uma idosa de 80 anos condenada a mais de quatro anos de prisão, tem gerado debates na Turquia e levantado questionamentos sobre os limites entre disciplina familiar e criminalização de conflitos domésticos.
++ Americano tenta comprar míssil para eliminar o presidente Donald Trump, revela justiça
Tudo começou em 9 de agosto de 2024, quando a neta de Kaytan, a jovem Asiye Vural, de 18 anos, quis sair com amigos durante a noite. A avó, preocupada com a segurança da adolescente, trancou a porta da casa e tentou impedi-la de sair.
Logo depois, ao buscar um par de pantufas, Kaytan encontrou a neta forçando a porta. Nesse momento, deu uma chinelada no braço da jovem. Em resposta, Vural acertou a avó com o celular na cabeça, provocando um ferimento que precisou de atendimento médico.
Ambas prestaram depoimento à polícia, porém nenhuma das duas registrou queixa formal. Apesar disso, o Ministério Público decidiu agir por conta própria e abriu um processo, alegando cárcere privado e agressão com uso de objeto contundente.
++ Mulher mata namorado e mutila seus órgãos genitais após flagra-lo abusando de sua filha
O fato de Kaytan ter trancado a porta foi enquadrado como privação de liberdade, enquanto o chinelo foi classificado como “arma”, agravando a acusação. A promotoria chegou a pedir até 14 anos de prisão, usando o Código Penal turco como base. Por fim, em 25 de fevereiro de 2025, o tribunal considerou Kaytan culpada por “privar alguém da liberdade com uso de força, ameaça ou ardil”. Como agravante, levou em conta o uso do chinelo na agressão, fixando a pena em quatro anos e dois meses de prisão.