Brownies & Downies: conheça a cafeteria comandada por pessoas com Síndrome de Down na Holanda

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Em 2010, o professor de necessidades especiais Thijs Swinkels uniu forças com o chef Teun Horck para transformar uma antiga sinagoga em Veghel, na Holanda, em um espaço totalmente novo: o primeiro Brownies & Downies. A ideia surgiu depois que Thijs, durante um estágio escolar, percebeu que pessoas com deficiência intelectual enfrentavam enorme dificuldade para ingressar no mercado de trabalho, sobretudo no setor de serviços.

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A proposta era simples, embora inovadora: oferecer uma cafeteria com serviço de qualidade enquanto criava oportunidades reais para pessoas neurodivergentes. Desde então, o projeto cresceu rapidamente. O que começou como uma iniciativa sem fins lucrativos tornou-se uma franquia sustentável, atualmente com cerca de 59 unidades espalhadas pelos Países Baixos.

Além disso, a rede chegou a outros países. Há uma filial histórica em Baarle-Hertog, na Bélgica, e uma unidade que funcionou até recentemente na Cidade do Cabo, na África do Sul. Nessa última, jovens com deficiência intelectual também encontraram espaço para trabalhar com dignidade.

Cada cafeteria conta com mentores e profissionais capacitados, responsáveis por acompanhar os colaboradores em atividades como atendimento, cozinha e operação de caixa. Tudo é feito com respeito ao ritmo e às habilidades individuais. Conforme a filosofia do grupo, a inclusão verdadeira acontece quando as pessoas são integradas ao processo, e não apenas assistidas. Eles não estão ali por caridade — estão porque fazem bem o que fazem. Em 2020, a Brownies & Downies foi agraciada com o prestigiado Food Service Award, na categoria cafeteria e lunch. O prêmio destacou as melhores avaliações em hospitalidade e experiência do cliente.

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O impacto da Brownies & Downies vai muito além da gastronomia. Ao oferecer emprego, autonomia e visibilidade para pessoas com deficiência intelectual, a rede se consolida como um modelo de inovação social. Seu crescimento reflete não apenas uma estratégia bem-sucedida, mas, sobretudo, uma mudança cultural na forma como a sociedade valoriza a inclusão, o respeito e o potencial de cada indivíduo.

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