Entre as décadas de 1960 e 1980, filmar cenas de corridas automobilísticas representava um enorme desafio técnico e físico. Em uma época anterior às câmeras digitais, drones ou dispositivos compactos como as GoPros, cineastas precisavam de soluções criativas — e muitas vezes arriscadas — para capturar a emoção das pistas.
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Sem os recursos modernos, os profissionais utilizavam câmeras pesadas de 16mm ou 35mm, adaptadas manualmente em capacetes, motos e carros. Além disso, construíam suportes sob medida para fixar os equipamentos nas mais diversas superfícies, mesmo que isso comprometesse a estabilidade ou aumentasse os riscos.
O trabalho envolvia perigos reais. Em diversas ocasiões, operadores se prendiam aos carros em movimento sem contar com os protocolos de segurança que hoje são padrão. Ainda assim, esses cinegrafistas destemidos colocavam o próprio corpo em risco para registrar imagens impactantes.
A ausência de tecnologia portátil exigia, sobretudo, habilidade e ousadia. Foi justamente essa união entre técnica e bravura que moldou a produção de filmes de automobilismo por quase três décadas — até que a revolução digital transformasse por completo a forma de registrar o movimento nas telas.