O bizarro caso do “canibal de Miami” chocou o mundo em maio de 2012. Rudy Eugene, de 31 anos, foi flagrado atacando Ronald Poppo, um morador de rua de 65 anos, em uma rampa de rodovia em Miami, Flórida. Durante o ataque, Rudy comeu parte do rosto da vítima, incluindo o nariz, as orelhas e um globo ocular.
A cena macabra só foi interrompida quando a polícia chegou ao local e, mesmo após várias ordens para cessar, Rudy seguiu com o ataque. Ele acabou morto pelos policiais.
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Ronald Poppo sobreviveu, mas ficou permanentemente desfigurado. O caso levantou questões sobre o comportamento violento e irracional de Rudy, que, na ocasião, estava completamente nu.
“Droga do canibalismo”
Na época, suspeitas indicaram que ele poderia estar sob o efeito de “sais de banho”, uma droga sintética conhecida por provocar surtos violentos, paranoia extrema e alucinações. Especialistas apontaram que tais substâncias alteram a percepção de dor, aumentam a temperatura corporal e causam comportamentos erráticos, como automutilação e agitação incontrolável.
De acordo com informações divulgadas pela BBC, drogas como metilenodioxipirovalerona (MDPV) e mefedrona, presentes nos chamados “sais de banho”, são associadas a esses efeitos devastadores. Em poucos anos, o consumo dessas substâncias saltou drasticamente, alarmando as autoridades de saúde.
Segundo o médico Paul Adams, do Jackson Memorial Hospital, as substâncias podem tornar usuários extremamente difíceis de conter, exigindo até sete pessoas para controlar indivíduos relativamente leves.
Outra possível explicação para o comportamento de Rudy foi o aumento significativo da temperatura corporal, um efeito colateral típico dessas drogas, que leva à desidratação e à remoção das roupas em busca de alívio térmico.
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O caso do “canibal de Miami” permanece como um dos exemplos mais chocantes e misteriosos dos riscos associados às drogas sintéticas, reforçando a necessidade de conscientização e vigilância para evitar outras tragédias semelhantes.