A história de Máximo Napa Castro, um pescador peruano de 62 anos, parece saída de um roteiro de cinema, mas é real. Após desaparecer em alto-mar, ele foi encontrado vivo depois de passar mais de três meses à deriva, sobrevivendo com o que o oceano oferecia: água da chuva, peixes e até sangue de tartaruga.
Tudo começou no dia 6 de dezembro, quando Máximo deixou o porto de Marcona, no sul do Peru, para o que seria uma pescaria de rotina. Porém, dias depois, o motor de sua pequena embarcação quebrou e ele perdeu o contato via rádio com a costa. Sem meios de comunicação e sem como se locomover, o pescador foi sendo levado pela correnteza por mais de 1.500 quilômetros.
++ Conheça a história da mulher atingida por um meteorito enquanto descansava em sua casa nos EUA
Durante 97 dias no mar, ele usou a experiência de uma vida inteira na pesca para resistir. Segundo seu filho, Eder Napa, também pescador, o pai nunca se entregaria fácil. “Sempre disse que ele era uma raposa velha do mar”, afirmou, ao comentar o drama vivido pela família, que não perdeu as esperanças e chegou a registrar o desaparecimento e pressionar por buscas.
O reencontro com a vida veio em 12 de março, quando um barco de pesca do Equador localizou a embarcação graças à ajuda de um helicóptero que sobrevoava a região em busca de cardumes. O piloto avistou o barco à deriva e informou a tripulação, que então fez o resgate.
++ Boi nasce com uma pata ‘extra’ na cabeça e choca matadouro nos EUA
Segundo relatos, Máximo já estava enfraquecido, sem água ou comida. Nos últimos dias, chegou a beber sangue de tartaruga marinha para sobreviver. Após o resgate, ele recebeu os primeiros cuidados médicos a bordo e conseguiu se comunicar com a família por chamada de vídeo. A Marinha do Peru enviou uma embarcação para buscá-lo, e ele desembarcou no porto de Paita, no norte do país.
Apesar da jornada extrema, Máximo está vivo e consciente — um verdadeiro milagre em alto-mar.