A escritora e jornalista americana Sadie Dingfelder compartilhou recentemente uma experiência intrigante: ela levou 39 anos para descobrir que sofria de prosopagnosia, ou cegueira facial, uma condição neurológica que impede o reconhecimento de rostos. O incidente revelador ocorreu em um supermercado, onde Sadie confundiu um estranho com seu próprio marido, sem perceber o engano até que ele se aproximou. Este episódio a levou a uma busca profunda pela compreensão de sua condição, resultando em um diagnóstico que revelou não apenas a prosopagnosia, mas também outras condições neurológicas inter-relacionadas.
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Após descobrir sua cegueira facial, Sadie consultou especialistas. Eles confirmaram que ela estava entre os 2% dos casos mais graves. Além disso, ela descobriu ter cegueira estéreo, que a impede de ver o mundo em três dimensões. Sua visão se assemelha a uma fotografia plana. Como se não bastasse, Sadie também foi diagnosticada com SDAM (memória autobiográfica gravemente deficiente). Essa condição dificulta sua capacidade de lembrar eventos detalhadamente. Ademais, ela tem afantasia, a incapacidade de visualizar imagens mentais.
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Sadie decidiu explorar essas descobertas em seu livro “Do I Know You?: A Faceblind Reporter’s Journey into the Science of Sight, Memory, and Imagination”. No livro, ela detalha como essas condições moldaram sua vida e a maneira como percebe o mundo. Apesar do impacto inicial dessas revelações, Sadie encontrou maneiras de conviver com suas condições e até desenvolveu habilidades únicas, como a atenção minuciosa a detalhes que não envolvem rostos. Sua jornada destaca a importância do autoconhecimento e da diversidade na experiência humana, convidando os leitores a refletirem sobre como nossas diferenças podem, na verdade, enriquecer nossas vidas.