Você sabia que existe um experimento científico em andamento há quase um século? Ele começou em 1927, na Universidade de Queensland, na Austrália, com o objetivo de observar o comportamento de uma substância curiosa: o piche, também conhecido como betume. Embora pareça sólido, trata-se de um líquido extremamente espesso.
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Derivado do petróleo, o piche apresenta rigidez à temperatura ambiente. No entanto, é na verdade um fluido com altíssima viscosidade. Para demonstrar essa característica, os pesquisadores instalaram um funil e passaram a observar o material com paciência. Desde o início da experiência, em quase cem anos, apenas nove gotas se desprenderam.
Apesar do longo tempo de espera, foi somente em 2014 que uma gota finalmente foi registrada em vídeo. O feito só foi possível após a instalação de uma câmera que passou a monitorar o experimento sem pausas. Para muitos, esse momento representou não apenas um marco científico, mas também um símbolo de perseverança.
O físico Thomas Parnell, criador do experimento, faleceu sem ver nenhuma gota cair. Esse fato revela o aspecto quase filosófico do teste, que valoriza a paciência e a dedicação científica, indo além dos limites do imediatismo.
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Além de sua lentidão extrema, o experimento se destaca como ferramenta didática. Ele ilustra conceitos da reologia — área da física que estuda o comportamento de materiais sob deformação e fluxo — e nos convida a questionar percepções sobre os estados físicos da matéria. Em última análise, lembra que a ciência avança com persistência, atenção e tempo.