No sudoeste da Etiópia, no coração do Vale do Omo, vive o povo Banna — também chamado por alguns de Benna ou Banya. Com cerca de 47 mil habitantes, essa comunidade preserva práticas milenares que envolvem agricultura, criação de animais, coleta e caça. Dessa forma, mantém uma relação estreita com a terra e com suas tradições.
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Entre os costumes mais curiosos está o hábito dos jovens de se equilibrar sobre pernas de pau. À primeira vista, a cena lembra apresentações folclóricas, mas sua origem é prática. Essa técnica surgiu para enfrentar o terreno difícil: atravessar áreas alagadiças, rios rasos e regiões lamacentas. Além disso, permitia maior segurança contra predadores enquanto os pastores cuidavam do gado.
Com o tempo, o uso das pernas de pau ultrapassou a função prática. Atualmente, esse ato representa também um rito de passagem. Caminhar com firmeza em alturas instáveis demonstra coragem, equilíbrio e maturidade — qualidades esperadas de jovens prestes a assumir responsabilidades dentro da sociedade Banna.
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O que começou como uma ferramenta de sobrevivência transformou-se em um marco de transição para a vida adulta. Entre os Banna, andar nas alturas não é apenas uma habilidade física. Na realidade, constitui um gesto simbólico de independência e responsabilidade coletiva, carregado de significado cultural e respeito.