Mikhail Kalashnikov, que foi responsável pela criação do fuzil de assalto AK-47, admitiu publicamente o arrependimento pelo instrumento, em uma carta de arrependimento endereçada ao patriarca Cirilo, líder da igreja ortodoxa russa.
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De acordo com o jornal russo Izvestia, o falecido revelou que questionava sua responsabilidade nas mortes de milhões de pessoas decorrentes de disparos efetuados com armas projetadas por ele, que se potencializou na época da União Soviética.
“Minha dor espiritual é insuportável. De vez em quando me faço a mesma pergunta que não posso responder: ‘Se meu rifle terminou com a vida de tantas pessoas, pode ser que eu seja culpado por estas mortes, ainda que fossem inimigos?‘”, desabafou ele, em carta datilografada e reproduzida pelo noticiário.
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O teor da carta de Kalashnikov, por sua vez, contradiz declarações feitas por ele no passado, quando afirmou o AK-47 foi construído para proteger seu país, e que não poderia ser responsabilizado pelas atitudes de outras pessoas. O nome da arma é uma combinação das iniciais do nome do fuzil, “Avtomat Kalashnikova”, e o ano em que a arma começou a ser produzida, 1947.