DJ brasileiro relata sensação de viver outra vida durante coma após infecção

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O DJ e jornalista carioca Julio EleMesmo, conhecido no meio musical como Crocante, emocionou seguidores ao compartilhar nas redes sociais memórias do período em que ficou internado em estado crítico. Julio contraiu uma infecção grave causada por uma superbactéria após uma cirurgia ortognática, o que o manteve hospitalizado por 75 dias, enfrentando dores severas e episódios que descreveu como “experiências extracorpóreas”.

O relato foi motivado por uma reportagem sobre Alpha Kabeja, jovem de Uganda que, ao despertar de um coma, disse recordar de uma vida paralela como funcionário do serviço secreto britânico, com uma namorada grávida de gêmeos. “Talvez eu tenha vivido o mesmo que ele. Talvez fosse só a morfina, ou o álcool acumulado de anos. Não sei explicar. Mas está aí o relato”, escreveu Julio, conforme reproduziu o portal Metrópoles.

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Durante a internação, o quadro de Julio foi tão grave que ele chegou a pedir à esposa, a jornalista Maíra Gama, que aceitasse sua despedida. “Chegou um ponto em que o sofrimento foi tão grande que pedi para Maíra se despedir e me deixar morrer”, revelou.

No dia seguinte a esse pedido, o DJ precisou amputar um dos pés. Foi quando, segundo ele, o corpo finalmente começou a reagir. “A partir dali, encerrava a tentativa de sobreviver para dar início à reabilitação. E os pesadelos e essas experiências ‘fora do corpo’ também cessaram.”

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Em seu relato, Julio descreveu a outra vida que parecia viver durante o coma: era um homem negro, alto, de classe média, casado com uma mulher loira de cabelo curto, trabalhando em um escritório com vista panorâmica. Chegou a preferir aquele lugar imaginário ao hospital. “Em certo momento, eu preferia estar na cabeça dele, porque lá eu não estava preso em um quarto”, disse, relatando a estranha sensação de alternar entre os dois corpos.

Julio encerrou seu texto sem tentar definir o que viveu. “Não sei se era delírio, droga, espírito ou morfina. Mas se eu não escrevesse isso, sentia que ia explodir”, concluiu.

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