Após perder seu filho de 22 anos no ano 2000, Yi Jiefang decidiu encerrar a vida que mantinha no Japão e retornar à China. Tomada pela dor, encontrou na natureza um novo propósito: combater a degradação ambiental e transformar o sofrimento em legado.
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Dois anos depois da tragédia, em 2002, Yi usou o dinheiro do seguro de vida do filho, além de parte do patrimônio familiar, para fundar a ONG Green Life. A missão da organização é clara: reflorestar áreas afetadas pela desertificação, com foco especial na região da Mongólia Interior, uma das mais atingidas pela arenização no país.
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Desde então, mais de 10 milhões de árvores — entre elas choupos, pinheiros e oliveiras russas — já foram plantadas. O projeto conta com o apoio de aproximadamente 50 mil voluntários, e já conseguiu recuperar cerca de 2.600 hectares de terras degradadas. O que começou como uma homenagem pessoal acabou se tornando um dos maiores movimentos de recuperação ambiental da China. Yi Jiefang mostra, com sua trajetória, que do luto pode nascer transformação, e que a dor pode se converter em ações de impacto coletivo e esperança para o futuro.