Em 1973, o indiano Amar Bharati tomou uma decisão que transformaria sua vida e seu corpo. Para demonstrar devoção ao Deus hindu Shiva, ele ergueu o braço direito e nunca mais o abaixou.
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O que começou como um voto espiritual tornou-se um exemplo extremo de fé e resistência. Com o tempo, Bharati enfrentou dores intensas, e seu braço acabou atrofiando por completo. Hoje, o membro permanece rígido, sem sensibilidade e com circulação comprometida. Médicos afirmam que reposicioná-lo seria extremamente arriscado.
Além da dimensão religiosa, o gesto contínuo passou a simbolizar um clamor silencioso pela paz mundial. Para se dedicar inteiramente a essa jornada, Amar Bharati deixou sua família e profissão, assumindo a vida de sadhu — monges ascetas do hinduísmo.
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Sua imagem, com o braço ossudo estendido para o céu e os dedos curvados pelo tempo, percorreu o mundo como símbolo de entrega e crença inabalável. Mesmo após mais de cinco décadas, ele mantém o propósito original, transformando seu corpo em um testemunho vivo de espiritualidade. A história de Amar Bharati lembra o poder da fé sobre a mente e o corpo, mostrando que a devoção pode se manifestar de maneiras radicais, mas profundamente significativas.