Em 1968, o irlandês Mick Meaney decidiu ultrapassar seus próprios limites ao ficar enterrado vivo por mais de dois meses em Kilburn, Londres. Além disso, sua ousadia rapidamente virou manchete internacional e, conforme o tempo passou, continuou a despertar curiosidade. Esse episódio volta ao foco no documentário Beo Faoin bhFód (Enterrado Vivo), que estreia em 26 de novembro no canal irlandês TG4.
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Em primeiro lugar, Meaney enfrentava dificuldades financeiras e, por isso, decidiu superar o recorde do texano Bill White — conhecido como “o cadáver ambulante”. Assim, ele entrou em um caixão minúsculo, com menos de dois metros de comprimento e menos de um metro de largura. Ademais, a equipe preparou a caixa com uma fina camada de espuma, um duto de ventilação e um sistema simples para o envio de comida. Logo depois, eles soterraram o caixão em um canteiro de obras, o que atraiu apoiadores, curiosos e equipes de TV que acompanhavam cada detalhe.
Entretanto, a sobrevivência no subsolo exigiu improvisos constantes. Um pequeno alçapão servia como banheiro e, igualmente, uma linha telefônica permitia que o operário conversasse com o mundo exterior — cada chamada cobrada separadamente, inclusive as feitas por celebridades como o boxeador Henry Cooper. Afinal, Meaney resistiu por 61 dias na escuridão total, mantendo-se firme apesar do desconforto extremo.
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Por fim, mesmo após conquistar atenção mundial, Meaney não recebeu a recompensa financeira que esperava. Nesse sentido, sua história revela o quanto a busca pela fama pode ultrapassar limites físicos e emocionais, mas nem sempre garante o retorno imaginado.
