Uma jovem de Michigan, nos Estados Unidos, descobriu, após mais de um ano de sofrimento, que sua própria mãe, Kendra Gail Licari, de 42 anos, era a responsável por uma campanha elaborada de bullying virtual dirigida a ela e ao seu namorado. O caso, chocante e repleto de reviravoltas, contou com a atuação do FBI para desvendar os responsáveis por centenas de mensagens humilhantes e degradantes, espalhadas ao longo de mais de mil páginas.
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Licari usou redes virtuais privadas (VPNs) para esconder sua identidade. Também empregou gírias e abreviações típicas de adolescentes para simular que os ataques vinham de colegas da vítima. Algumas mensagens tentavam incriminar outro adolescente próximo ao casal.
A situação começou em janeiro de 2021, quando Licari denunciou o bullying à polícia local. Ela se uniu à mãe do namorado da filha para tentar “encontrar o responsável”. No entanto, a polícia local não conseguiu avançar na investigação e pediu ajuda ao FBI.
Mãe confessou ser a autora do bullying
Os especialistas rastrearam as mensagens até o telefone de Licari. Assim, desmontaram sua tentativa de ocultar a autoria dos ataques. Confrontada com as provas, ela confessou ser a autora da campanha de assédio.
Segundo o promotor David Barberi, Licari enfrenta cinco acusações criminais. Entre elas estão perseguição cibernética, falsificação de identidade e uso de tecnologia para mascarar sua origem. “Ela também usava uma identidade especíca, mas, em vez disso, fazia parecer que os ataques vinham de colegas da mesma idade dos dois adolescentes. Isso incluía o uso de gírias e abreviações associadas à comunicação por texto”, armou o promotor ao jornal americano The Morning Sun.
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Por fim, Licari foi libertada sob fiança de 5 mil dólares. Os motivos por trás de suas ações, no entanto, não foram esclarecidos. Seu comportamento levanta reflexões sobre os danos do abuso psicológico, especialmente quando ocorre dentro da família. A adolescente e o namorado permanecem com suas identidades preservadas.
