Um caso chocante ocorrido em Michigan, nos Estados Unidos, ganhou repercussão mundial em 2022. Na ocasião, Kendra Licari, de 42 anos, foi acusada de usar identidades falsas para assediar a própria filha e o namorado dela pelas redes sociais. Segundo as autoridades, a mãe criou múltiplos perfis virtuais para enviar centenas de mensagens ofensivas e humilhantes ao casal. Ainda mais grave, ela usava a mesma conexão de internet da residência onde vivia com a filha, o que, mais tarde, facilitou sua identificação.
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À medida que os ataques continuavam, a situação fugiu do controle. Por isso, o caso acabou envolvendo o FBI, que assumiu a investigação. Após meses de trabalho, os agentes reuniram mais de mil páginas de provas, incluindo o uso de diversos números de telefone falsos, vocabulário típico de adolescentes e tentativas deliberadas de despistar as autoridades.
Além disso, ficou claro que Kendra tentava manipular a percepção da filha, criando a ilusão de que os ataques vinham de colegas próximos da escola. Devido à complexidade emocional e à gravidade do assédio, a história inspirou o lançamento do filme Mommy Meanest, em 2024. A produção dramatiza o abuso psicológico sofrido pela jovem, destacando os danos causados por manipulações virtuais no ambiente familiar.
Promotores do caso chegaram a classificar a conduta de Licari como um exemplo de “síndrome de Munchausen digital” — um comportamento em que o agressor provoca sofrimento para se manter emocionalmente necessário na vida da vítima.
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Atualmente, Kendra Licari enfrenta várias acusações, entre elas assédio a menores, fraude eletrônica e obstrução de investigação. O caso serve como alerta para os perigos do abuso psicológico praticado com o uso de tecnologia e levanta questões sérias sobre saúde mental e responsabilidade parental na era digital.