O romance entre Mary e Jake começou nos anos 1940, justamente no auge da Segunda Guerra Mundial. Ele, um jovem aviador de Trinidad, rapidamente se encantou por Mary, uma britânica que conquistou seu coração sem esforço. Contudo, em uma época em que uniões interraciais geravam forte rejeição, o relacionamento logo enfrentou críticas da sociedade — e, sobretudo, da família dela. Assim, após o casal aparecer junto em um piquenique, o pai da jovem proibiu qualquer contato entre os dois.
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Com o fim do conflito, em 1945, Jake voltou ao Caribe. Entretanto, o vínculo permaneceu firme graças às cartas que trocavam com frequência. Anos depois, ele retornou ao Reino Unido decidido a assumir o compromisso de vez. Mary, então com 19 anos, aceitou o pedido de casamento, ainda que o pai a tenha deserdado por causa disso. “Saí apenas com uma mala pequena”, recorda.
O casal se casou em 1948, em Birmingham, e iniciou a vida juntos sem apoio familiar. Além disso, enfrentou preconceito, dificuldades financeiras e até o isolamento social. Mary conta que chorava quase todos os dias, porque poucas pessoas se aproximavam deles. Contudo, mesmo com tantos obstáculos, os dois permaneceram unidos, sustentados pela escolha que fizeram um pelo outro.
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Décadas depois, em 2019, Mary e Jake celebraram 71 anos de casamento, consolidando uma trajetória marcada pela resistência e pelo cuidado mútuo. Como resultado, a história deles continua inspirando gerações, demonstrando que o amor pode romper barreiras sociais e atravessar o tempo com força surpreendente.
