Um médico de emergência recentemente compartilhou um raio-X surpreendente, mostrando a parte inferior do corpo de um paciente infestado com centenas de ovos de tênia calcificados. A imagem, considerada por ele “uma das mais insanas que já viu”, revelou um corpo crivado de manchas brancas, que se mostraram ser ovos calcificados do parasita, localizado nos tecidos moles da região pélvica.
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As tênias são parasitas que, geralmente, se instalam no intestino humano, absorvendo nutrientes diretamente de seu hospedeiro. O que muitos não sabem é que os ovos da tênia podem migrar para outras partes do corpo, desde os pés até o cérebro. Uma vez no corpo, os ovos podem se calcificar, tornando-se inofensivos e inviáveis ao longo do tempo. Quando alojados em tecidos moles, como músculos ou gordura, esses ovos não oferecem grandes riscos. No entanto, se forem calcificados no cérebro, podem causar uma condição grave chamada neurocisticercose, que pode representar risco de vida.
Cisticercose
Sam Ghali, especialista em emergências cardiovasculares e radiologia de emergência, explicou que o caso identificado no raio-X se tratava de cisticercose, causada pelo parasita Taenia solium, também conhecida como a tênia do porco. Essa condição ocorre quando os ovos da tênia se espalham para diversos locais do corpo, sendo mais comuns nos músculos e tecidos moles, como os quadris e pernas do paciente.
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Curiosamente, o paciente não sabia sobre sua infecção até o momento em que procurou atendimento após uma queda, que causou dor no quadril. O raio-X revelou a presença dos ovos calcificados, que, a menos que atinjam o cérebro, não representam grandes perigos. Embora o simples pensamento de ser infectado por centenas de cistos semelhantes a grãos de arroz seja bastante desconfortável, Ghali enfatizou que o risco de infecção pode ser minimizado evitando carne de porco e peixe crus ou malcozidos.