Um caso inusitado aconteceu na noite de segunda-feira (20) e chamou a atenção em Baixo Guandu, no Espírito Santo. Durante uma viagem de férias, um pai esqueceu as filhas, de 6 e 10 anos, em um posto de gasolina na BR-259 e só percebeu o ocorrido depois de rodar cerca de 40 km, ao chegar em Colatina.
Segundo o g1, o pai e as meninas fizeram uma parada no posto para que todos usassem o banheiro. No entanto, sem notar que as filhas não haviam voltado para o veículo, ele seguiu viagem. A filha mais velha, mostrando muita maturidade, pegou o telefone emprestado de uma funcionária do posto e acionou a Polícia Militar. Enquanto aguardavam o retorno do pai, as meninas foram encaminhadas ao Conselho Tutelar de Baixo Guandu.
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Gleiciane Firme, secretária de Assistência Social e Direitos Humanos da cidade, elogiou a postura das crianças. “Elas são muito instruídas pela mãe, que relatou para o conselho ter preparado as crianças para vida e a como agir nessa situação. O primeiro socorro sempre é a polícia e precisamos ter isso em mente como elas tinham”, explicou.
Reação das meninas
As meninas demonstraram calma e conhecimento. Elas ligaram para a mãe, que mora na Bahia, e repassaram as informações necessárias para localizar o pai. Segundo a mãe, as filhas passaram as férias com o pai, que mora em Minas Gerais, e voltavam para casa quando o episódio ocorreu.
“Elas passaram as férias com o pai e, como de costume, sempre ligamos uma para outra de manhã e de noite. Quando recebi a ligação da polícia dizendo que estavam com as minhas filhas, fiquei desesperada, liguei para o pai das crianças, que é responsável, para tentar resolver na mesma hora”, explicou a mãe das meninas.
Ao perceber que as filhas não estavam no carro, o pai ficou desesperado e retornou imediatamente para buscá-las. Em depoimento, explicou acreditar que as meninas estivessem dormindo no banco traseiro, cobertas com travesseiros e cobertores.
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Depois de esclarecer a situação, o Conselho Tutelar, com o aval da mãe, liberou as meninas para seguirem viagem com o pai. “Quando o pai chegou no conselho, dava para ver a cara de desespero. Ouvimos a versão dele, ligamos para a mãe e perguntamos se poderíamos liberar as crianças para seguirem viagem com ele, o que foi autorizado”, relatou Gleiciane.