Na cidade de Haridwar, no norte da Índia, um casal tomou uma decisão incomum: entrou com uma ação judicial contra seu único filho e a esposa dele. O motivo, embora surpreendente, reflete uma frustração crescente — após seis anos de casamento, o casal ainda não ganhou um neto.
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Segundo os pais, ao longo da vida, eles destinaram grandes recursos para garantir o futuro do filho. Entre os investimentos, cerca de 20 milhões de rúpias (o equivalente a 257 mil dólares) foram aplicados, especialmente na formação dele como piloto.
Além disso, eles afirmam que, mesmo após tantas contribuições, sentem-se abandonados e emocionalmente lesados pela ausência de um herdeiro. Como consequência, passaram a exigir uma indenização de 50 milhões de rúpias — cerca de 643 mil dólares — caso o neto não nasça dentro de um ano.
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Conforme o caso foi divulgado, a ação rapidamente ganhou destaque na imprensa indiana. Ademais, o processo provocou debates intensos sobre os limites da obrigação moral entre pais e filhos, bem como sobre as pressões sociais ligadas à expectativa de descendência. Sobretudo, o episódio levanta questionamentos sobre até onde o direito pode (ou deve) interferir nas decisões íntimas de um casal. Embora o desfecho da ação ainda seja incerto, a história já colocou em discussão os valores familiares na sociedade indiana contemporânea — onde tradição, afeto e dever nem sempre caminham em harmonia.