Na tarde da última quarta-feira. 18 de junho, um policial militar foi preso no Hospital da Polícia Militar, no bairro do Tucuruvi, Zona Norte de São Paulo. O motivo, segundo o boletim de ocorrência, foi o uso do pronome “você” durante uma conversa com um superior. O soldado Lucas Neto, que estava em atendimento médico, se dirigiu ao capitão Marcelo Cavalcante Costa de forma considerada inadequada, o que teria configurado infração disciplinar.
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De acordo com a advogada Fernanda Borges de Aquino, o soldado estava no hospital como paciente, com uma lesão no ombro, e não em serviço. Ainda segundo ela, Lucas vinha denunciando condutas desrespeitosas por parte de alguns médicos militares. Por isso, ela acompanhava a consulta. No entanto, foi impedida de registrar o atendimento em vídeo, o que levou Lucas a iniciar uma gravação de áudio por conta própria.
Nesse momento, o capitão ordenou que a gravação fosse encerrada. Como Lucas continuou gravando e, durante o diálogo, utilizou o pronome informal, acabou recebendo voz de prisão por suposto desrespeito à hierarquia.
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Após o incidente, o advogado Mauro Ribas Junior foi acionado e se dirigiu ao local. Depois de ouvir os áudios gravados, ele decidiu dar voz de prisão ao capitão e a dois tenentes, acusando-os de denunciação caluniosa e falso testemunho. Segundo ele, os superiores teriam manipulado os fatos para incriminar o soldado injustamente. O caso foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Militar, que agora conduz uma apuração interna. Lucas foi liberado após passar por uma audiência de custódia.
