Tragédia em circo Vostok completa 25 anos; relembre o ocorrido

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Em 9 de abril de 2000, uma tragédia abalou a cidade de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, e marcou para sempre a história do Circo Vostok. Durante uma apresentação no estacionamento do Shopping Center Guararapes, o garoto José Miguel dos Santos Fonseca Júnior, de apenas 6 anos, sofreu um ataque fatal de um leão.

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Durante o intervalo do espetáculo, o locutor do circo convidou as crianças para tirar fotos com os animais. José Miguel, acompanhado do pai, José Fonseca, e da irmã Mirella, aproximou-se da área das jaulas. Quando retornavam aos assentos, um dos leões — chamado Bongo, com aproximadamente 220 quilos — estendeu a pata para fora da jaula, agarrou o menino e o arrastou para o túnel que conectava os recintos ao picadeiro.

O animal levou a criança até a jaula onde os leões ficavam quando não se apresentavam. A Polícia Militar de Pernambuco interveio rapidamente e, para conter o ataque, abateu dois leões a tiros. Apesar do resgate, José Miguel foi encontrado sem vida.

A tragédia gerou comoção em todo o país. A família da vítima ingressou com processos judiciais contra o Circo Vostok e também contra as empresas responsáveis pela locação do espaço: OMNI e Conpar Empreendimentos e Participações Societárias. Inicialmente, a Justiça determinou uma indenização de R$ 1 milhão. Contudo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu o valor para R$ 275 mil, baseando-se em parâmetros legais já utilizados em outros casos.

Além do impacto jurídico, o caso provocou alterações profundas nas normas sobre o uso de animais em apresentações circenses. No estado de Pernambuco, a Assembleia Legislativa aprovou uma lei que proíbe o uso de animais selvagens em circos. A nova legislação também estabeleceu regras mais rígidas de segurança, protegendo tanto o público quanto os próprios animais.

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Passados 25 anos, o caso de José Miguel continua presente na memória coletiva. Sobretudo, ele evidencia a necessidade de medidas preventivas em espetáculos com animais. Afinal, a segurança deve ser prioridade absoluta para evitar que tragédias como essa voltem a acontecer.

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