Após 107 anos, pesquisadores localizam naufrágio de navio da Primeira Guerra Mundial na Irlanda do Norte

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Pesquisadores finalmente localizaram o HMS Stephen Furness, navio da Primeira Guerra Mundial, no fundo do mar, ao largo da costa da Irlanda do Norte, mais de um século após o naufrágio. Michael Roberts, gerente de Projeto de P&D SEACAMS na Universidade de Bangor, anunciou a descoberta, que foi publicada no site The Conversation.

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O navio foi torpedeado por um U-boat alemão em 1917. Mais de 100 marinheiros morreram, e apenas 12 sobreviveram. Eles foram resgatados horas depois, em uma jangada improvisada. O local do naufrágio permaneceu desconhecido por mais de 100 anos.

A descoberta

A descoberta foi resultado de um esforço colaborativo entre cientistas e historiadores. Eles usaram tecnologias modernas e dados históricos. A equipe da Universidade de Bangor utilizou sonar multifeixe para mapear o fundo do mar. Além disso, também analisaram registros de guerra, como o diário do comandante do UB-64. A análise revelou um naufrágio que coincidia com as dimensões do Stephen Furness. Ele estava a poucos quilômetros do local indicado nos relatos históricos.

A pesquisa levantou questões sobre os corpos das vítimas, encontrados na costa norte do País de Gales quase um mês após o naufrágio. Os pesquisadores usaram modelagem numérica para reconstruir as condições do mar, o que ajudou a mapear os caminhos prováveis de deriva dos corpos e confirmar a precisão do modelo.

Embora a identificação do naufrágio seja agora mais confiável, a pesquisa revelou uma realidade maior. Cerca de 40% dos naufrágios nas águas do Reino Unido ainda permanecem “desconhecidos”. Até 30% dos naufrágios identificados podem ter sido classificados de forma errada.

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A descoberta do Stephen Furness é, portanto, um marco na pesquisa de naufrágios. Ela traz novos insights sobre a história e os ecossistemas marinhos. Naufrágios funcionam como recifes artificiais, sustentando vida marinha. Além disso, também fornecem dados valiosos sobre os processos oceânicos. Por fim, com o avanço da tecnologia, mais mistérios subaquáticos poderão ser desvendados.

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