
Cientistas estão próximos de desvendar o verdadeiro “Código Da Vinci”, não o da ficção, mas o que envolve a genética, morte e sepultamento do gênio renascentista Leonardo da Vinci. Pesquisadores confirmaram uma linhagem masculina contínua desde 1331, abrangendo 21 gerações e cerca de 400 indivíduos, incluindo pelo menos seis descendentes vivos diretamente ligados ao artista, nascido em 1452 em Vinci, na região de Florença, Itália.
Através de testes de DNA, os cientistas esperam reconstruir o genoma completo de Da Vinci, o que poderia revelar informações sobre sua saúde, causas de morte, habilidades visuais extraordinárias e criatividade. A pesquisa também identificou um túmulo da família Da Vinci na Igreja de Santa Croce, em Vinci, onde estariam enterrados parentes como o avô Antonio e os meio-irmãos Pandolfo e Giovanni.
O objetivo agora é comparar fragmentos do cromossomo Y dos descendentes com o DNA extraído de restos mortais possivelmente pertencentes a Da Vinci. Esses restos estariam na Capela de Saint-Hubert, em Amboise, França, para onde ossos foram transferidos após a destruição da igreja original durante a Revolução Francesa. No entanto, ainda há dúvidas se os ossos são realmente do artista.
Além disso, os cientistas planejam buscar vestígios de DNA em obras originais de Da Vinci, como impressões digitais em páginas de manuscritos, o que pode fornecer material genético viável. Segundo Jesse H. Ausubel, da Universidade Rockefeller e diretor do projeto de DNA, “a biologia do século 21 está movendo os limites entre o incognoscível e o desconhecido”.
Esse esforço científico visa não só confirmar o local de descanso final de Da Vinci, mas também preservar sua herança e compreender melhor a biologia por trás de seu talento incomparável. O projeto é conduzido por instituições como a Universidade de Florença e a Associação do Patrimônio de Leonardo da Vinci.