Entre os mitos urbanos mais populares do Brasil, poucos alcançam a fama e a longevidade da enigmática “loira do banheiro”. Presente na cultura popular estudantil, essa figura misteriosa costuma aparecer em brincadeiras diante do espelho, alimentando o temor e a curiosidade de crianças e adolescentes.
Contudo, o que muitos desconhecem é que essa história aterrorizante tem raízes em uma figura histórica de carne e osso. Trata-se de Maria Augusta, uma jovem cuja trajetória surpreendente se entrelaça com a elite do Brasil imperial.
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Segundo Thiago de Souza, estudioso de manifestações sobrenaturais e responsável pelo canal “O Que Te Assombra”, a origem da lenda é bem mais complexa do que parece. “A loira do banheiro não só existiu como também teve papel relevante em uma época importante do país”, afirmou o pesquisador em entrevista ao portal iG.
Ainda na adolescência, Maria Augusta foi obrigada, aos 14 anos, a se casar com o conselheiro Francisco Antônio Dutra Rodrigues. Além disso, a união foi articulada pelo próprio Conde d’Eu, marido da Princesa Isabel, o que evidencia os laços da jovem com a aristocracia do Segundo Império.
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Nesse sentido, a história quase esquecida de Maria Augusta ganhou contornos sobrenaturais com o passar do tempo. Embora cercada de relatos assustadores, a personagem da “loira do banheiro” nasceu de uma trajetória real, marcada por imposições sociais, alianças políticas e um destino trágico.
