Indícios de praia em Marte reforçam a teoria sobre o passado aquático do planeta. O rover Zhurong, da China, revelou evidências enterradas sob a superfície que se assemelham a praias arenosas de uma linha costeira antiga. Essas descobertas sugerem a existência de um oceano, o Deuteronilus, que teria coberto as planícies do norte de Marte há 3,5 a 4 bilhões de anos.
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O oceano Deuteronilus teria abrigado água líquida na superfície marciana, em um período em que Marte possuía clima mais quente e uma atmosfera mais espessa. As evidências indicam que, assim como os mares primordiais da Terra, esse oceano poderia ter sido um ambiente favorável ao surgimento de vida. O rover percorreu 1,9 quilômetros em uma região que exibe características de uma antiga linha costeira.
Através de radar de penetração no solo, foram detectadas camadas de material com propriedades semelhantes à areia, dispostas em ângulos parecidos com as praias terrestres. Essas estruturas, enterradas a até 35 metros de profundidade, se estendem por 1,2 quilômetros e fornecem uma visão direta da formação dessas antigas praias, sem que a erosão superficial as tenha destruído.
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Os pesquisadores descartaram outras explicações, como dunas ou fluxos de lava, para essas formações. Eles acreditam que as ondas e marés marinhas, semelhantes às da Terra, moldaram essas praias, que podem ter influenciado o clima de Marte e criado condições propícias à vida. A descoberta fortalece a hipótese de que, no passado, Marte teve um ambiente habitável.