Mistério do vulcão que parecia extinto intriga cientistas e nova pesquisa revela surpresa

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Localizado a mais de 6 mil metros de altitude, no coração dos Andes bolivianos, o vulcão Uturuncu voltou a chamar a atenção da comunidade científica. Apesar de não entrar em erupção há aproximadamente 250 mil anos, ele tem apresentado sinais inquietantes como emissões de gases, pequenos tremores e uma estranha deformação do solo ao seu redor.

Por décadas, especialistas temeram que o vulcão pudesse estar despertando. O solo ao redor da montanha, monitorado desde os anos 1990 por satélites e sensores de GPS, vem sofrendo uma elevação gradual em seu centro, enquanto as bordas afundam — formando um padrão incomum que lembra um sombrero. A isso se somam abalos sísmicos e a liberação de dióxido de carbono.

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Esses indícios levaram à suspeita de que uma nova erupção poderia estar sendo preparada por um reservatório subterrâneo de magma. Mas uma pesquisa publicada nesta segunda-feira (28) na revista PNAS mudou essa perspectiva.

Ao analisar mais de 1.700 eventos sísmicos e a geologia local, os cientistas concluíram que não há magma se acumulando. Em vez disso, o que ocorre sob o Uturuncu é o movimento de fluidos e gases por meio de fraturas estreitas no subsolo. Água salgada e vapores, como o CO₂, estariam se movimentando por essas fissuras, provocando os tremores e alterações no terreno.

A estrutura por onde os gases sobem tem formato de chaminé e se conecta ao Corpo Magmático Altiplano-Puna (APMB), uma gigantesca câmara subterrânea que se estende pela Bolívia, Chile e Argentina. Mas, ao contrário do que se temia, não há evidências de que esse sistema esteja prestes a causar uma erupção explosiva.

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De acordo com o geofísico Matthew Pritchard, da Universidade Cornell, que participou do estudo, o Uturuncu continua ativo, mas sem representar um risco imediato. Ele destaca ainda que a metodologia usada nessa pesquisa pode ajudar a entender melhor o comportamento de muitos outros vulcões adormecidos ao redor do mundo.

A descoberta desafia antigos conceitos sobre vulcões considerados inativos e reforça a importância do monitoramento constante mesmo em locais onde o silêncio da terra dura milênios.

 

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