Quarenta anos após o desaparecimento do escoteiro Marco Aurélio Simon, a Polícia Civil de São Paulo retomou as buscas na região do Pico dos Marins, em Piquete, interior do estado. A nova etapa dos trabalhos começou na última quinta-feira, 24, e prevê a exploração de áreas ainda não periciadas, com o uso de tecnologias modernas e apoio de especialistas.
Marco Aurélio tinha 15 anos quando sumiu em 8 de junho de 1985, durante uma trilha com outros escoteiros e o líder do grupo. O adolescente se afastou do grupo para buscar ajuda após um colega se ferir e nunca mais foi visto. A primeira operação de resgate mobilizou mais de 300 pessoas ao longo de 28 dias, mas foi encerrada sem resultados. O inquérito acabou arquivado cinco anos depois.
Em 2021, novas denúncias levaram à reabertura da investigação. Desde então, diferentes fases de escavações e buscas vêm sendo realizadas com o apoio de cães farejadores, drones equipados com sensores e radares de penetração no solo. Em uma das ações mais recentes, realizada em 2023, foi localizado um fio de cabelo em área suspeita, mas os exames não conseguiram identificar o DNA.
Até agora, apenas uma das cinco áreas mapeadas por radar foi escavada. As autoridades planejam avançar para outros dois pontos nas próximas semanas. A expectativa é de que a nova etapa traga algum indício que possa esclarecer o destino de Marco Aurélio, cuja ausência permanece sem respostas há quatro décadas.
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Em abril deste ano, uma varredura com o uso de inteligência artificial e sensores remotos chegou a identificar uma nova área com potencial para investigação. O material coletado, no entanto, não apresentou qualquer vestígio genético, frustrando mais uma vez as esperanças de avanço.
As diligências seguem sob responsabilidade da Delegacia de Piquete e da Superintendência da Polícia Técnico-Científica. O caso, um dos desaparecimentos mais emblemáticos do país, continua a mobilizar esforços e interesse público em busca de respostas.
