O desaparecimento e morte de Gabby Petito em 2021 mobilizaram a opinião pública e geraram grande repercussão nos Estados Unidos. A jovem de 22 anos, que viajava pelo país ao lado do noivo, Brian Laundrie, teve seu corpo encontrado no Parque Nacional Grand Teton, no estado de Wyoming, dias após ser dada como desaparecida. Posteriormente, Brian confessou a autoria do crime em um bilhete antes de tirar a própria vida.
Agora, três anos depois, o caso volta a ser destaque com o lançamento de uma série documental na Netflix, que detalha a investigação e expõe as dificuldades enfrentadas pela família da jovem em busca de justiça.
Os pais de Gabby, Nichole Schmidt e Joseph Petito, além dos padrastos Jim Schmidt e Tara Petito, afirmam que a dor da perda ainda é intensa e insuperável. Em entrevistas recentes, eles relataram que a ausência da filha permanece um fardo diário, mas que decidiram canalizar essa dor para ajudar outras vítimas de violência doméstica.
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“Você nunca supera a perda de um filho. Sempre haverá um vazio”, disse Joseph Petito em entrevista à revista People. Nichole Schmidt também destacou a dificuldade de seguir em frente: “Faz três anos desde que ouvi a voz dela pela última vez. Isso é insuportável”.
Desde a morte de Gabby, seus pais entraram com ações judiciais contra a polícia de Moab, no estado de Utah, e contra os pais de Brian Laundrie. Eles alegam que os agentes de segurança falharam ao lidar com um episódio de violência entre Gabby e Brian semanas antes do assassinato. O incidente foi registrado por câmeras corporais da polícia e mostra a jovem chorando dentro da van onde viajava com o noivo.
Segundo a família, os policiais ignoraram sinais claros de abuso e não tomaram providências para proteger Gabby. “Acreditamos firmemente que, se tivessem feito seu trabalho corretamente, nossa filha ainda estaria viva”, afirmaram os pais da jovem.
O processo contra a polícia foi rejeitado pela Justiça de Utah em novembro de 2024, mas a família segue determinada a recorrer. Já a ação movida contra Christopher e Roberta Laundrie, pais de Brian, alegava que o casal sabia do assassinato e escondeu informações sobre o paradeiro do corpo de Gabby. Em fevereiro de 2024, as famílias chegaram a um acordo e encerraram a disputa judicial.
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Para transformar a tragédia em ação, a família criou a Fundação Gabby Petito, que trabalha na conscientização sobre violência doméstica e no fortalecimento de políticas públicas voltadas ao combate desse tipo de crime. Desde sua fundação, a organização já destinou recursos para iniciativas de apoio a vítimas e pressionou por mudanças na legislação para garantir uma resposta mais eficaz da polícia em casos de abuso.
O envolvimento da família na causa se tornou um compromisso permanente. Nichole, Joseph, Jim e Tara atuam ativamente na fundação, participando de campanhas, palestras e arrecadação de fundos para auxiliar vítimas e promover treinamentos sobre identificação e prevenção da violência doméstica.
“Só podemos usar a história de Gabby para ajudar outras pessoas e, assim, salvar vidas”, declararam seus pais.
Três anos após a tragédia, a memória de Gabby Petito segue viva, não apenas nas lembranças de sua família, mas na luta por um futuro onde casos como o dela possam ser evitados.
