Um homem da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, reconheceu ter cometido crime federal ao negociar partes de cachalotes protegidos por leis internacionais. Aos 69 anos, Lauren DeLoach assumiu em tribunal a culpa por importar e comercializar ilegalmente dentes e ossos do animal em plataformas online.
As autoridades encontraram evidências de que DeLoach recebeu ao menos 30 remessas desses itens entre julho de 2022 e setembro de 2024, vindas de países como Austrália, Letônia, Noruega e Ucrânia. De acordo com a investigação, parte desse material foi revendida pelo eBay, movimentando cerca de US$ 20 mil (cerca de R$ 106 mil). Na residência dele, os agentes ainda localizaram um estoque avaliado em até R$ 117 mil, com mais itens destinados à venda.
++ Influenciadora gera polêmica após tirar RG para seu filho transexual de 7 anos
O caso chamou atenção por envolver partes de cachalotes (Physeter macrocephalus), espécie considerada ameaçada e protegida desde 1970 pela legislação dos EUA e por acordos internacionais. O comércio dessas partes é proibido, salvo em situações autorizadas pelas autoridades ambientais.
Espécie encontrada em águas profundas de todos os oceanos, o cachalote pode atingir até 16 metros de comprimento e é o maior predador com dentes da natureza. Seus ossos e dentes, quando vendidos ilegalmente, costumam atrair colecionadores e artistas interessados em esculturas e artefatos decorativos.
Em declaração à imprensa norte-americana, o advogado de defesa, Nathan Williams, afirmou que seu cliente “se arrepende das escolhas que fez” e espera “seguir em frente após reconhecer seus erros”.
++ Vitima fatal: grupo de evangélicos são confundidos com milicianos e atacados no RJ
Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, o acusado poderá ser condenado a até cinco anos de prisão, além de multa que pode alcançar US$ 250 mil, com base na Lei de Proteção aos Mamíferos Marinhos. O promotor do caso, Brook Andrews, reforçou que o comércio ilegal de animais selvagens representa uma ameaça à biodiversidade e favorece o crime organizado: “Espécies vulneráveis como o cachalote devem ser preservadas, não comercializadas em pedaços”, declarou.