A Alemanha não deve reconhecer o Estado palestino durante a Assembleia Geral da ONU marcada para setembro. A declaração foi feita nesta terça-feira (26) pelo chanceler Friedrich Merz, que reafirmou a posição do governo alemão em coletiva ao lado do primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney.
Enquanto Canadá, França e Reino Unido já sinalizaram apoio ao reconhecimento, Berlim seguirá caminho distinto. “A posição do governo federal é clara quanto ao possível reconhecimento do Estado palestino. O Canadá sabe disso. Não nos uniremos a essa iniciativa. Não vemos os requisitos cumpridos”, disse Merz.
++ Trabalhar após ser aposentadoria aumenta nível de satisfação, revela estudo
Segundo o chanceler, a prioridade alemã no momento é impulsionar negociações que levem a uma solução de dois Estados — Israel e Palestina coexistindo pacificamente — em vez de um reconhecimento imediato.
Atualmente, 144 dos 193 membros da ONU já reconhecem a Palestina como Estado. Em maio do ano passado, Espanha, Irlanda e Noruega se somaram à lista, que inclui países como Polônia, Suécia, Rússia, Ucrânia e grande parte da América Latina, entre eles Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. Na África, quase todos os países, com exceção de Camarões, já formalizaram o reconhecimento.
Com a decisão da França, a Palestina passou a ser reconhecida por um país do G7 pela primeira vez. Outras nações, como Malta, Bélgica, Portugal e Austrália, também sinalizaram intenção de avançar nesse processo.
++ Bebê mais prematuro do mundo celebra um ano de vida e desafia a medicina
Por outro lado, Estados Unidos, Israel, Itália, Japão e Nova Zelândia permanecem entre os países que ainda não reconheceram formalmente a Palestina como Estado.