Raúl Ernesto Cruz León, cidadão salvadorenho condenado por uma série de ataques a bomba em Havana, foi libertado nesta segunda-feira, 31, após cumprir 27 anos de prisão. Os atentados, realizados em 1997, tiveram como alvo hotéis e centros turísticos da capital cubana, resultando na morte de um turista italiano.
Preso em setembro de 1997, Cruz León confessou sua responsabilidade por seis explosões em instalações turísticas, ações que marcaram um dos episódios mais violentos na história recente de Cuba. Inicialmente condenado à morte em 1999 por “terrorismo continuado”, sua sentença foi reduzida em 2010 para 30 anos de reclusão.
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Além de Cruz León, outro salvadorenho, Otto René Rodríguez Llerena, também foi julgado e condenado por ataques semelhantes durante o mesmo período. Ambos tiveram suas penas de morte comutadas para longas sentenças de prisão.
Na época, as autoridades cubanas aproveitaram os julgamentos para criticar duramente exilados anti-Castro em Miami, acusando-os de financiar e planejar atos terroristas contra o país. Fidel Castro, então presidente, também responsabilizou os Estados Unidos por sua suposta participação indireta nos atentados, seja por “omissão ou incitamento”.
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A libertação de Cruz León marca o encerramento de um capítulo sombrio na relação entre Cuba e dissidentes radicais, destacando o impacto duradouro dos eventos de 1997 na política e segurança do país.