Arco-íris de fogo: fenômeno raro é observado no céu do Piauí

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No último sábado, 26 de outubro, moradores de Picos, a 311 km de Teresina, no Piauí, presenciaram um fenômeno raro: o “arco-íris de fogo”. Esse espetáculo natural chamou a atenção de muitos, que rapidamente registraram o evento nas redes sociais. Mas, afinal, o que é esse fenômeno?

O arco-íris de fogo manifesta-se na iridescência das nuvens cirros. Essas nuvens formam-se a partir de cristais de gelo em altitudes acima de 10 mil metros, onde as temperaturas ficam abaixo de 0 °C. O climatologista Werton Costa explicou ao g1 que a luz solar reflete e refrata em ângulos precisos dentro dos cristais.

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“Esse fenômeno, na verdade, se chama nuvem iridescente, porque ela tem uma irisação, que é a manifestação das cores, desses espectros, semelhantes ao do arco-íris. Por isso também é conhecido como arco-íris de fogo, pela capacidade brilhante que esse fenômeno tem, ou seja, ele consegue demonstrar as cores com muito mais vigor”, disse o especialista.

Como o arco-íris de fogo se forma?

Além disso, as condições para formar o arco-íris de fogo são específicas. O sol precisa estar a pelo menos 58 graus acima do horizonte. Dessa forma, a luz solar se comporta como um prisma, dispersando cores vibrantes. Quando a luz atinge os cristais de gelo, a nuvem transforma-se em um espetáculo de cores intensas. Segundo o professor Costa, essas cores podem ser, inclusive, mais brilhantes do que as de um arco-íris convencional.

Ademais, a nuvem iridescente que os moradores de Picos observaram tinha uma estrutura linear, parecendo uma trilha de condensação, como o rastro de um foguete. “A luz é sucessivamente refletida no interior da nuvem e fracionada, então esse processo faz com que toda a nuvem seja atingida”, ressaltou o professor, destacando a beleza do fenômeno.

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Por outro lado, o arco-íris de fogo é um tipo de foto-meteoro, que também inclui o halo solar. Ambos os fenômenos, portanto, dependem da interação da luz solar com partículas no céu, como gotículas de água ou cristais de gelo.

“Para formar o arco-íris, a luz branca do sol é fracionada, ela é quebrada a partir do cruzamento com minúsculas gotas d’água em suspensão. E aí forma-se o arco-íris porque a luz branca contém dentro dela todas as outras cores. Para formar o halo, isso acontece a partir de cristais de gelo em suspensão, em nuvens cirros, que formam a estrutura circular em torno do sol”, completou Costa.