O metapneumovírus humano (HMPV), um agente infeccioso que causa sintomas respiratórios semelhantes aos da gripe, tem registrado aumento no número de casos no norte da China, principalmente em crianças. Apesar da preocupação, especialistas e autoridades de saúde garantem que a situação está sob controle e não há risco de uma nova pandemia.
Descoberto em 2001, na Holanda, o HMPV faz parte da mesma família do vírus sincicial respiratório (VSR), conhecido por causar bronquiolite e outras complicações em crianças pequenas. No Brasil, o vírus foi identificado pela primeira vez em 2004.
Os sintomas associados ao HMPV incluem tosse, febre e congestão nasal, mas casos graves, como pneumonia, podem ocorrer em crianças pequenas, idosos e pessoas com imunidade comprometida. Por se tratar de um vírus que frequentemente infecta na infância, a reinfecção é comum, já que a imunidade gerada é limitada.
A transmissão acontece por gotículas liberadas ao tossir ou espirrar, contato direto ou superfícies contaminadas. Ainda não há vacina ou tratamento antiviral específico, e as recomendações médicas focam no alívio dos sintomas e cuidados intensivos para casos mais graves.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca medidas simples de prevenção, como higienizar as mãos, usar máscaras em locais fechados e evitar aglomerações. Essas práticas ajudam a reduzir a disseminação de vírus respiratórios, incluindo o HMPV e a gripe.
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Relatórios do Centro de Controle de Doenças da China indicam que, embora o HMPV esteja circulando mais amplamente, a intensidade da atual temporada de infecções respiratórias é menor do que em anos anteriores.
Virologistas reforçam que o vírus não tem potencial para desencadear uma pandemia como a covid-19. “O HMPV é conhecido há décadas, e a maioria das infecções se limita ao trato respiratório superior”, afirmou Flavio Fonseca, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Autoridades de saúde têm trabalhado para evitar alarmismo em torno do HMPV. Rumores sobre hospitais lotados e comparações com a pandemia de covid-19 foram refutados. A OMS também reforça que informações precisas são fundamentais para evitar pânico e garantir a confiança na gestão de crises de saúde pública.
Em um cenário global ainda impactado pelas memórias da covid-19, o fortalecimento de sistemas de saúde e vigilância permanece essencial para lidar com surtos e proteger as populações mais vulneráveis.