Sergei Torop, conhecido entre seus seguidores como “Vissarion”, foi condenado a 12 anos de prisão por crimes cometidos contra membros de sua própria seita. A Justiça russa concluiu que ele provocou traumas psicológicos, prejuízos financeiros e complicações de saúde em seus fiéis. Assim, a sentença encerra uma investigação iniciada em 2020, quando agentes o prenderam durante uma operação na região da Sibéria.
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Nascido em 1961, na cidade de Krasnodar, Torop teve uma trajetória comum antes de adotar a identidade espiritual. Ele serviu no Exército Vermelho, onde alcançou a patente de sargento e atuou por um período na Mongólia. Posteriormente, trabalhou como operário metalúrgico e, mais tarde, tornou-se agente de trânsito. Nesse cargo, inclusive, chegou a ser premiado por seu desempenho exemplar.
No entanto, sua vida mudou radicalmente em 1990. Após ser demitido durante a crise que acompanhou o colapso da União Soviética, Torop declarou ter vivido um “despertar espiritual”. Segundo ele, essa experiência o levou a reconhecer-se como a reencarnação de Jesus Cristo. Desde então, passou a liderar uma comunidade religiosa isolada nas montanhas da Sibéria, onde reuniu milhares de adeptos sob regras rigorosas e doutrinas próprias.
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Agora, após décadas sob os holofotes por sua figura messiânica e estilo de vida alternativo, Vissarion passará os próximos anos sob custódia do sistema penal russo. Sua condenação representa, sobretudo, uma resposta jurídica a anos de denúncias envolvendo manipulação emocional, abusos e exploração espiritual.