Bill Gates, uma das figuras mais proeminentes da tecnologia global, anunciou nesta quinta-feira sua intenção de doar praticamente todo o patrimônio que ainda possui à sua fundação filantrópica. Conforme o plano apresentado, a Fundação Gates deverá aplicar mais de 200 bilhões de dólares (cerca de R$ 1,136 trilhão) até encerrar suas atividades, o que deve ocorrer em 2045.
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Criada no ano 2000, a então Fundação Bill e Melinda Gates surgiu de uma iniciativa conjunta entre Gates, sua esposa na época, Melinda French Gates, e o investidor Warren Buffett, CEO da Berkshire Hathaway. Desde o início, a organização concentrou esforços em combater a pobreza extrema, ampliar o acesso à saúde e fortalecer a educação em diversas partes do mundo.
Após o divórcio do casal, em 2021, Melinda permaneceu na entidade por mais três anos. No entanto, em 2024, deixou definitivamente o projeto. Assim, a fundação passou a operar sob o nome simplificado de Fundação Gates.
Ao longo de suas duas décadas de atuação, a fundação já repassou cerca de 53,8 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 305,6 bilhões) a projetos sociais e humanitários. Esses valores refletem uma estratégia de impacto duradouro, especialmente nos setores mais vulneráveis.
Durante entrevista à BBC, concedida no início de fevereiro, Gates afirmou que suas doações filantrópicas ultrapassaram os 100 bilhões de dólares (por volta de R$ 568 bilhões). Desse total, 60 bilhões (R$ 340,8 bilhões) foram diretamente direcionados à Fundação Gates.
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Apesar das doações expressivas, a fortuna restante de Gates ainda é considerável. Segundo estimativas recentes da revista Forbes, ele possui aproximadamente 113 bilhões de dólares (equivalente a R$ 642,8 bilhões) em patrimônio não doado.
Portanto, ao estabelecer uma meta clara para o encerramento da fundação, Gates também reforça seu compromisso em destinar sua riqueza para causas de impacto social — um movimento raro entre bilionários contemporâneos.