Uma petição popular no Canadá tem chamado atenção ao reunir mais de 150 mil assinaturas em favor da revogação da cidadania canadense de Elon Musk. O movimento, iniciado por Qualia Reed, da província de Colúmbia Britânica, argumenta que o empresário estaria envolvido em ações que contrariam os interesses do país, principalmente devido à sua proximidade com Donald Trump.
O documento foi apresentado na Câmara dos Comuns do Canadá e conta com o apoio do parlamentar Charlie Angus, membro do Novo Partido Democrata e crítico declarado de Musk. A petição acusa o bilionário de atuar como conselheiro do ex-presidente dos Estados Unidos, cuja relação com o Canadá tem sido alvo de controvérsias devido a declarações sobre tarifas comerciais e até sugestões de anexação do país ao território norte-americano.
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Nascido na África do Sul, Musk obteve a cidadania canadense por meio de sua mãe, Maye Musk, natural de Saskatchewan. Atualmente, ele é uma das figuras mais influentes do setor tecnológico, liderando empresas como Tesla, SpaceX e a plataforma X, antigo Twitter.
Os organizadores da petição defendem que o primeiro-ministro Justin Trudeau tome medidas para anular a cidadania do empresário e revogar seu passaporte canadense. O prazo para assinaturas se estende até 20 de junho, e o número de apoiadores continua crescendo.
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Apesar da notoriedade global, Musk enfrenta desafios quanto à sua imagem pública. Uma pesquisa da Economist/YouGov indicou que sua popularidade e a de sua proposta de “departamento de eficiência governamental” (Doge) são menores do que se imagina.
Durante um evento conservador em Maryland, na última sexta-feira, Musk minimizou sua ligação com Trump e fez uma aparição polêmica ao segurar uma motosserra gigante. No domingo, publicou no X uma mensagem defendendo o Doge e criticando aqueles que se opõem à iniciativa.