Cassie Ventura está pronta para encarar Sean “Diddy” Combs em uma das batalhas judiciais mais comentadas dos últimos anos. A cantora, ex-namorada do produtor musical, aceitou depor publicamente como uma das testemunhas-chave no julgamento federal por tráfico sexual que se inicia nesta segunda-feira, dia 12.
Cassie, apontada nos autos como “Vítima 1”, deve ocupar posição central nos primeiros dias do julgamento. Segundo os promotores, ela foi coagida a participar de atos sexuais com terceiros durante o relacionamento que manteve com Diddy por mais de uma década, entre 2007 e 2018. A defesa do rapper nega as acusações e afirma que havia “violência mútua” entre os dois. “Vamos defender a posição de que havia agressões de ambos os lados”, declarou o advogado Marc Agnifilo.
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Além de tentar desmontar o depoimento da cantora, os advogados de Combs já sinalizaram que pretendem trazer à tona episódios anteriores de comportamento violento por parte de Cassie, que não fazem parte direta da denúncia. A estratégia está sob avaliação do juiz federal Arun Subramanian, responsável por conduzir o caso.
Um vídeo de segurança gravado em 2016 foi incluído como prova, apesar das tentativas da defesa de retirá-lo do processo. As imagens mostram o rapper agredindo a cantora em um hotel. O próprio Combs reconheceu a gravidade do conteúdo em uma postagem nas redes sociais, chamando sua conduta de “indesculpável”.
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Combs se declarou inocente das acusações, que incluem tráfico sexual, extorsão e transporte para fins de prostituição. Se condenado, pode enfrentar pena de prisão perpétua. O processo ainda não tem o júri completo: dois candidatos foram dispensados, e a promotoria teme que o grupo final sofra novas baixas. “Estamos trabalhando contra o relógio”, alertou a procuradora-assistente Maurene Comey.
A previsão é de que o julgamento dure cerca de oito semanas, com início formal das declarações de abertura às 9h30 da próxima segunda-feira.
