O Ceará aparece entre os estados brasileiros com maior número de crianças e adolescentes vivendo em união conjugal, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o estudo “Nupcialidade e Família: Resultados preliminares da amostra”, 56.150 jovens entre 10 e 19 anos declararam estar casados ou morando com um parceiro no Censo 2022. Além disso, o estado assume a 9ª posição nacional e o 3º lugar no Nordeste, atrás apenas da Bahia (85.870) e de Pernambuco (62.893).
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Além desses números expressivos, outro dado chama atenção: 2.039 crianças entre 10 e 14 anos afirmaram viver em união conjugal. Esse recorte revela a persistência de uniões extremamente precoces, que, ademais, ampliam os riscos sociais, emocionais e educacionais para esse grupo.
A desigualdade de gênero se destaca de forma intensa. Entre os casos que envolvem crianças de 10 a 14 anos, 77% são meninas, o que corresponde a 1.573 meninas contra 466 meninos. Já na faixa dos 15 aos 19 anos, o cenário permanece desigual: 40.347 jovens do sexo feminino vivem com um companheiro, quase três vezes mais que os 13.764 meninos. Esse padrão reafirma, portanto, a vulnerabilidade feminina nesse tipo de união. Com informações do Diário Nordeste.
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Atualmente, o Brasil estabelece 16 anos como idade mínima para o casamento, e ainda assim apenas com autorização dos responsáveis. Entretanto, os números mostram que, apesar das restrições legais, uniões precoces continuam a ocorrer no Ceará. Assim, o levantamento reforça um alerta sobre a necessidade de ações urgentes para proteger meninas e adolescentes que enfrentam situações de risco e desigualdade.
