O Vaticano deu mais um passo simbólico rumo à escolha do novo líder da Igreja Católica. A chaminé por onde sairá a fumaça que anunciará a eleição do próximo papa foi instalada nesta terça-feira no telhado da Capela Sistina, em Roma. Visível da Praça São Pedro, o equipamento marca o início dos preparativos finais para o conclave, que terá início no dia 7 de maio.
Ao todo, 133 cardeais com menos de 80 anos estão aptos a votar — a maioria nomeada pelo próprio papa Francisco, que renunciou ao cargo. O colégio eleitoral é composto por representantes de todos os continentes, incluindo Brasil, México, França, Índia e Ucrânia.
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Durante o processo, os cardeais se reúnem em total isolamento, sem contato com o exterior, e realizam sucessivas votações secretas. A cada rodada, uma fumaça sobe da Capela Sistina: preta quando não há decisão, branca quando um novo papa for eleito. O sistema de chaminés conta com uma tecnologia moderna que garante a emissão da cor correta, evitando confusões como as que ocorreram em conclaves passados.
Antes das votações, os cardeais juram, publicamente e em particular, manter sigilo absoluto sobre tudo o que ocorrer. A eleição é feita por escrito, e ninguém pode votar em si mesmo. A frase latina “Eligo in Summum Pontificem” (“Elejo como Sumo Pontífice”) encabeça o papel onde cada um anota o nome escolhido.
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Historicamente, as decisões não são imediatas: os dois últimos conclaves duraram dois dias. Após a escolha, o novo papa se recolhe por alguns minutos na chamada “sala das lágrimas”, onde pode refletir em privacidade sobre a missão que irá assumir. Só então ele é apresentado ao mundo.
O anúncio oficial é feito da sacada central da Basílica de São Pedro com a frase tradicional “Habemus Papam!”, seguida do nome de batismo e do nome papal escolhido pelo eleito. Em sua primeira aparição pública, o novo pontífice realiza uma oração e dá a bênção à multidão reunida na praça.
