Em setembro de 2024, um asteroide chamado 2024 PT5 ficou preso na órbita da Terra por algumas semanas. Os cientistas da NASA aproveitaram o fenômeno para investigar a origem desse objeto, que ficou conhecido como “mini-lua temporária”. A conclusão surpreendeu: o asteroide é, na verdade, um pedaço da nossa Lua, ejetado há milhares de anos após um grande impacto.
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Os pesquisadores identificaram a composição do 2024 PT5 por meio de imagens capturadas pelos telescópios Lowell Discovery e Mauna Kea. Descobriram que sua superfície é rica em silicato, um mineral comum em rochas lunares, mas raro em outros asteroides. Essa foi a primeira pista que sugeriu sua ligação com a Lua.
Outra evidência veio da análise do movimento do asteroide. Cientistas descartaram a hipótese de ser lixo espacial, como destroços de foguetes, ao notar que ele se comportava de forma natural sob a pressão da radiação solar e a gravidade. A pesquisa concluiu que o asteroide é um objeto sólido e não artificial.
O estudo
Essa descoberta, publicada na dia 14 de janeiro de 2025 na revista Astrophysical Journal Letters, foi liderada pelo cientista Theodore Kareta. Ele explicou que o 2024 PT5 provavelmente foi expulso da superfície lunar após um impacto, permanecendo no espaço por apenas alguns milhares de anos.
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Com essa pesquisa, o número de asteroides conhecidos que se acredita serem fragmentos da Lua dobrou. O único outro identificado, chamado 469219 Kamo’oalewa, foi descoberto em 2016. A detecção de novos telescópios mais sensíveis promete revelar mais objetos lunares, aumentando as oportunidades para estudos sobre a Lua e seu histórico de impactos.
“Saímos para estudar um asteroide, mas então nos desviamos para um novo território em termos das perguntas que podemos fazer sobre 2024 PT5”, afirmou Kareta.