A adoção da jornada de trabalho de quatro dias por semana gerou um crescimento significativo na economia da Islândia. Uma pesquisa divulgada pelo Autonomy Institute, no Reino Unido, e Associação para Sustentabilidade e Democracia (Alda), em outubro, revelou que a medida permitiu ao país superar a maioria dos seus colegas europeus.
Entre 2020 e 2022, 51% dos trabalhadores escolheram jornadas mais curtas, mantendo seus salários. Como resultado, a economia teve um impacto direto, registrando um crescimento de 5% em 2023, uma das taxas mais altas da Europa.
“Este estudo mostra uma história de sucesso real: jornadas de trabalho mais curtas se espalharam na Islândia e a economia é forte em vários indicadores”, disse Gudmundur Haraldsson, pesquisador da Alda.
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A redução da carga horária também contribuiu para o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, diminuindo o estresse e o burnout. Como consequência, a taxa de desemprego na Islândia caiu para 3,4%, um dos índices mais baixos do continente, sinalizando uma economia forte e saudável.
Testes pioneiros
A Islândia adotou a jornada de trabalho de 4 dias por semana após testes realizados entre 2015 e 2019 com funcionários do setor público. Esses testes mostraram que a produtividade se manteve ou até melhorou, enquanto o bem-estar dos trabalhadores aumentou. Assim, os resultados foram positivos, confirmando os benefícios da jornada reduzida.
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Após isso, os sindicatos islandeses expandiram a jornada reduzida para milhares de trabalhadores em todo o país. Embora o FMI preveja uma desaceleração econômica para os próximos anos, a Islândia continua colhendo os frutos dessa mudança. Portanto, o país se consolidou como um exemplo global de sucesso na adoção de jornadas de trabalho mais curtas.