A rede estadual de ensino de São Paulo começa a testar o uso de Inteligência Artificial (IA) na correção de tarefas escolares. A novidade integra o projeto TarefaSP, lançado pela Secretaria da Educação do Estado (Seduc) em 2023, e será aplicada inicialmente a alunos do 8º ano do Ensino Fundamental e da 1ª série do Ensino Médio.
Nesta fase experimental, a IA será responsável por corrigir 5% dos exercícios disponíveis na plataforma digital da Seduc. A proposta inclui tanto questões objetivas quanto dissertativas, com o objetivo de avaliar a eficácia do sistema no apoio ao trabalho docente.
As correções automatizadas serão feitas diretamente na ferramenta TarefaSP. Assim que o aluno responde a uma questão, a Inteligência Artificial compara a resposta com os gabaritos elaborados por especialistas da secretaria e classifica como correta, parcialmente correta ou incorreta. Cada correção virá acompanhada de um breve comentário explicativo, e os estudantes terão a possibilidade de avaliar a qualidade do retorno fornecido pelo sistema. Os exercícios corrigidos pela IA, por enquanto, não terão valor de nota.
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Segundo o secretário estadual da Educação, Renato Feder, a adoção da tecnologia pretende reduzir a carga de trabalho dos professores e dar mais espaço para práticas pedagógicas estratégicas. “A Inteligência Artificial melhora o engajamento dos estudantes, aumenta o esforço deles e prioriza o tempo dos professores na parte mais importante, que é ensinar”, afirmou.
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Mesmo com a correção automática, os docentes continuam tendo acesso às respostas dos alunos e poderão complementar os comentários da IA, especialmente nas atividades dissertativas. A expectativa é que, com esse apoio, seja possível ampliar a produção textual dos estudantes e fortalecer competências essenciais para vestibulares e avaliações internacionais, como o PISA.
A implementação completa da IA na plataforma TarefaSP dependerá dos resultados dessa primeira fase e da avaliação de professores e estudantes quanto à funcionalidade e precisão do sistema.