Quem passou pelo terminal das barcas em Niterói nos últimos dias se deparou com uma ausência inesperada: a estátua do cacique Arariboia, um dos símbolos mais tradicionais da cidade, foi retirada da Praça que leva seu nome. O movimento chamou a atenção de pedestres e moradores da região central, mas, segundo a Prefeitura, o monumento não vai desaparecer da paisagem urbana.
A escultura de Arariboia, líder indígena temiminó e fundador de Niterói, foi realocada para um novo endereço, a apenas cem metros do local original. Agora, o monumento ocupa posição em frente ao Espaço Cultural Correios, entre as ruas Aurelino Leal e José Clemente. A ação faz parte do projeto Orla Centro, que vem promovendo uma série de mudanças estruturais na área central do município.
Desde 1973, quando foi inaugurada durante as comemorações pelos 400 anos de Niterói, a imagem do cacique se firmou como um marco da identidade local. A nova localização garante ao monumento uma vista livre para a Baía de Guanabara, reforçando a simbologia do cacique como guardião do território niteroiense.
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A mudança não é isolada. A Praça Arariboia está passando por um processo de transformação completa. Além da realocação da estátua, o espaço público está sendo ampliado, com novos jardins e áreas para contemplação. Neste sábado, 12, será entregue a nova estrutura do bicicletário local, que passará de 446 para 850 vagas.
A revitalização faz parte de um plano mais amplo da gestão municipal. A Avenida Amaral Peixoto, por exemplo, também será remodelada com melhorias como iluminação em LED, arborização, calçadas refeitas e redes elétricas subterrâneas. A previsão é que todas as intervenções sejam concluídas nos próximos 18 meses.
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Arariboia, nascido por volta de 1520 na Ilha do Governador, teve papel decisivo na história da região. Aliado dos portugueses contra os tupinambás, ele recebeu as terras onde fundou Niterói, se tornando figura central na consolidação da cidade e na defesa do território fluminense até sua morte, em 1589.
Mesmo com a mudança de endereço, a presença do cacique segue firme no cotidiano e na memória afetiva de Niterói.
