Uma nova política de comercialização de sacolas nos supermercados acabou sendo adotado em grande parte do Brasil, com o objetivo de evitar a precarização ainda maior do meio ambiente. Todavia, estudos apontaram que a cobrança, quando adotada em outras partes do mundo, teve o efeito contrário.
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Um dado constatado acerca das políticas de restrição ao uso de sacolas plásticas no sul dos Estados Unidos revelou que, mesmo com o objetivo de redução ao impacto ambiental, a norma piorou a situação.
Os pesquisadores, liderados pelo professor Hai Che da Universidade da Califórnia em Riverside, descobriram que, após algumas cidades proibirem a distribuição gratuita de sacolas plásticas nos estabelecimentos, a demanda por sacos de lixo aumentou.
Em artigo publicado no Journal of Marketing Research, essa demanda não voltou a cair mesmo em lugares em que a cobrança nos mercados foi revogada: uma vez adquirido o hábito de se comprar sacos de lixo, é muito difícil a população desfazer deste uso. “Esperávamos efeitos colaterais positivos, como clientes mais conscientes do ponto de vista ambiental e que consomem menos produtos de plástico ou papel descartáveis”, disse Che.
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“Mas não foi isso que aconteceu nos dados. As pessoas acabaram comprando mais plástico”, apontou. “Embora o nosso estudo se tenha centrado nos sacos de plástico, efeitos colaterais semelhantes foram documentados em políticas que visam bebidas açucaradas, eficiência energética e incentivos à saúde”, explicou Che.