A promotora de Justiça Eliana Passarelli, do Ministério Público de São Paulo, relembrou sua convivência com Suzane von Richthofen como professora no primeiro ano da faculdade de Direito, antes do assassinato dos pais da jovem, ocorrido em 2002. Em entrevista ao programa Alô Você, do SBT, ela afirmou que, apesar da aparência de normalidade, Suzane apresentava uma postura que considerava dissimulada em sala de aula.
“Era uma menina normal, com inteligência mediana dentro da média da turma. Mas lembro de um comportamento estranho: ela brincava com um professor muito querido, que tinha o rosto rosado, parecia o Papai Noel. Ela apertava a bochecha dele e dizia: ‘Oi, professor, você será meu Papai Noel no Natal’. Não era algo infantil, era dissimulado”, relatou Passarelli, segundo publicado pelo portal O Globo.
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A promotora também relembrou o choque da comunidade acadêmica após a morte dos pais de Suzane, Manfred e Marísia von Richthofen. “Toda a classe esteve no velório. Naquela foto emblemática, aparecem todos os meus alunos. Todos tinham muita pena dela, foram até a casa, consolaram essa menina”, afirmou.
Vida em liberdade
Condenada a 39 anos de prisão por arquitetar e participar do assassinato dos pais junto ao então namorado Daniel Cravinhos e o cunhado, Christian Cravinhos, Suzane cumpre hoje pena em regime aberto. Isso permite que ela viva em liberdade, desde que cumpra algumas condições, como manter endereço fixo, não sair da cidade à noite e se apresentar periodicamente à Justiça.
Desde janeiro, tem sido vista com frequência em Águas de Lindóia, no interior de São Paulo, onde reside com o marido, o médico Felipe Zecchini Muniz, aprovado em um concurso para atuar em um hospital local. Na cidade, de pouco mais de 18 mil habitantes, Suzane foi flagrada em atividades do cotidiano, como passeios por cachoeiras e visitas a salões de beleza.