Família de fotógrafo desaparecido no Peru pressiona por reforço nas buscas e cobra ação urgente do governo

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A angústia de uma família brasileira cresce a cada dia diante do silêncio da montanha. O fotógrafo Edson Vandeira, de 36 anos, está desaparecido desde o dia 1º de junho, quando realizava uma escalada no Nevado Artesonraju, pico de 6.025 metros localizado na Cordilheira Blanca, no Peru. Diante da falta de avanços nas buscas, familiares e representantes de entidades ligadas ao montanhismo assinaram uma carta direcionada ao Itamaraty, solicitando ações mais contundentes por parte do governo brasileiro.

“Temos esperança de que estejam presos em uma fenda, esperando por ajuda”, afirma Jackeline Vandeira, irmã do fotógrafo. A declaração reforça o apelo por celeridade. “Cada minuto perdido reduz as chances de um desfecho positivo”, diz a carta, que foi assinada por 18 organizações, entre elas a Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada e federações estaduais da modalidade.

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Três desaparecidos e terreno de difícil acesso

Além de Edson, dois montanhistas peruanos que o acompanhavam também estão desaparecidos: Pretel Alonzo Homer Efraín, de 34 anos, e Picón Huerta Jesús Manuel, de 31. As buscas concentram-se agora em áreas próximas a um deslizamento de terra, onde foram encontradas pegadas que podem ser do grupo. Drones estão sendo usados a partir do acampamento-base para mapear zonas de difícil alcance.

“É uma área extremamente remota. Só a caminhada até a base pode levar mais de 15 horas”, relata Jackeline. A Associação de Guias de Montanha local considera possível que o trio tenha caído em uma greta ou tenha sido atingido por uma queda de gelo.

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Resposta oficial é considerada insuficiente

Segundo a família, a única manifestação até agora veio por meio da assistência consular, que informou estar ciente do caso e prestando o suporte “possível”. Para os familiares, no entanto, a resposta é vaga e insuficiente. “Esperamos mais do governo. É preciso uma mobilização urgente, com apoio logístico e diplomático para auxiliar nas buscas”, reforça a irmã.

A comoção entre praticantes de esportes de montanha tem crescido. Entre os signatários da carta estão nomes como Marcio Hoepers, presidente da CBME; Leandro Pereira, do Clube União Marumbinismo e Escalada; e Vitor Augusto Uhle, da Federação de Montanhismo do Estado de São Paulo.

Enquanto as buscas seguem sem desfecho, a esperança persiste. “Não vamos desistir. Ele é experiente, preparado, e acreditamos que pode estar resistindo à espera de socorro”, conclui Jackeline.

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