Felca sofre ameaças após expor exploração infantil em vídeo que viralizou

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O youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, revelou que passou a receber ameaças de morte depois de publicar um vídeo de quase 50 minutos denunciando a chamada “adultização” de crianças nas redes sociais. A repercussão do conteúdo foi tema do programa Fantástico, da TV Globo, exibido no domingo (17).

O vídeo que expôs o “algoritmo P”

Publicado em 6 de agosto, o vídeo viralizou ao mostrar como plataformas digitais, em especial o Instagram, podem recomendar conteúdos que sexualizam menores de idade. Felca apelidou o mecanismo de “algoritmo P”, explicando como em poucos cliques é possível acessar material de caráter pedófilo.

O influenciador afirmou que decidiu produzir o vídeo por conta de experiências pessoais: “Conheci pessoas próximas que foram abusadas na infância. Queria entender como poderia acolher e acabei mergulhando nesse tema”, disse.

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Influenciador preso após denúncias

Entre os alvos citados por Felca está Hytalo Santos, acusado de explorar adolescentes em conteúdos publicados nas redes sociais, alguns com danças e interações de teor sexual. Um dos principais rostos dessas gravações é o de Kamylla Santos, conhecida como Kamylinha, hoje com 17 anos.

Após a repercussão e investigações do Ministério Público e da polícia, Hytalo e o marido, Israel Nata Vicente, foram presos preventivamente na sexta-feira (15), em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Perfis ligados aos dois foram suspensos das redes sociais.

“Não vou parar”, diz Felca

Apesar das ameaças, Felca afirmou que continuará o trabalho. “Mantenho a cautela, mas estou fazendo algo que é mais importante do que eu. Desculpa aí, não vou parar”, declarou ao Fantástico. A Polícia Civil de São Paulo investiga as ameaças recebidas pelo influenciador.

Debate político em Brasília

A denúncia também repercutiu no Congresso Nacional. Parlamentares passaram a defender a aprovação do Projeto de Lei 2628/2022, que cria novas regras de proteção para crianças e adolescentes no ambiente digital.

O texto prevê medidas como verificação obrigatória de idade, controles parentais mais rígidos e retirada imediata de conteúdos ligados à exploração infantil. O senador Alessandro Vieira (MDB), autor do projeto, criticou as plataformas: “Elas sabem perfeitamente quem é criança e quem é adulto, mas priorizam lucro em vez de segurança”.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), incluiu a proposta em regime de urgência, e a votação pode ocorrer ainda nesta semana.

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O que diz a Meta

Em nota ao Fantástico, a empresa responsável pelo Instagram afirmou que remove conteúdos com menores de idade sexualizados assim que são identificados. A Meta também declarou adotar medidas para evitar que adultos suspeitos tenham acesso a perfis de crianças.

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